
Quando a luz da lua não chega para me fazer sorrir,
Quando o brilho de uma estrela não basta,
Guardo-me e imagino o que falta. 
Frio d’Inverno,
É assim que me experimento sempre que te não tenho. 
É o tremor e o desamparo na tua ausência,
e os calafrios por todo o corpo desabrigado.
“Preciso dele” - grito ao vento,
Mas não obtenho resposta,
Nada a não ser o vento gelado que me arroja,
E os murmúrios do mundo que não se importa.
Só o cansaço me vence,
E os olhos a frígida morte me fecha.
Encontrando aí o sonho soalheiro,
Dos dias que agora vivemos,
E dos tempos que para sempre nossos, sabemos.
Frio d’Inverno,
O quanto o amo agora que te tenho. 
Frio d'Inverno (ou o nascer de uma nova flor)
